Por um planeta livre de combustíveis fósseis.
O Brasil tem todas as condições para descarbonizar seu setor de energia e se colocar na vanguarda do movimento mundial de redução das emissões de gases de efeito estufa. Isso pode ser alcançado por meio de uma estratégia de desenvolvimento nacional que diversifique as fontes de energia, com majoritária participação de renováveis.
Isso deve ser feito com o resguardo dos direitos humanos. O processo de transição energética deve ser participativo, garantindo que as comunidades diretamente impactadas pela implantação de projetos energéticos.
Atualmente, o país vive atualmente uma expansão de gasodutos, terminais de gás natural liquefeito (GNL) e usinas de gás, além de uma grande oferta de novos blocos exploratórios de petróleo e gás. Isso nos leva à articular, em conjunto com outras entidades, a Coalizão Energia Limpa, transição justa e livre do gás, um grupo brasileiro de organizações da sociedade civil comprometido com a defesa de uma transição energética socialmente justa e ambientalmente sustentável no Brasil que rejeita o uso do gás na matriz energética e defende a eliminação desta fonte até 2050.
Além dos lobby do gás, setores têm feito o lobby do fracking. Essa técnica de fraturamento hidráulico consiste na perfuração da terra, de forma incisiva, com a ajuda de produtos químicos, para extrair gases de combustíveis fósseis estocados em reservas localizadas em formações geológicas das quais só é possível extraí-los por meio de forma não convencional, ou seja, pelo fracking.
O fracking é proibido em vários países, incluindo França e Alemanha. Na Colômbia, empresas como Ecopetrol e ExxonMobil tentaram fazer avançar projetos-piloto de fracking no departamento de Santander, mas a repercussão negativa foi tão forte que um projeto de lei para proibir o uso dessa técnica entrou em tramitação e já foi aprovado em dois turnos no Senado.
A sua energia é o nosso negócio.