A captura e estocagem de carbono no Brasil e no mundo.
A captura e estocagem de carbono (CCS, do nome em inglês Carbon Capture and Storage) figura dentre opções destinadas à redução de gases de efeito estufa (GEE), com vistas ao cumprimento selado por países signatários do Acordo de Paris, para limitar o aumento da temperatura global a 1,5 °C.
A atividade consiste em um conjunto de técnicas avançadas de coleta, compressão e transporte do dióxido de carbono (CO2) até o ponto de injeção em reservatórios geológicos, permanentes ou não, permitindo a redução ou a remoção de emissões aos setores em que o carbono é incorporado ao produto ou àqueles em que as opções de tecnologia de baixa emissão são escassas.
Segundo dados da International Energy Agency (IEA)1, hoje há cerca de 40 instalações de captura comercial em operação no mundo, retendo mais de 45 milhões de toneladas de CO2 por ano. Desde janeiro de 2022, 7 novas grandes instalações entraram em operação, sendo 4 delas na China, e, em diversos países mais de 50 outras foram anunciadas para operar até 2030.
No entanto, o relatório “Net Zero by 2050: A Roadmap for the Global Energy Sector”, produzido pela citada agência, aponta que as plantas atuais e as projetadas de CCS têm capacidade de captura muito aquém do necessário para que o setor energético global zere suas emissões líquidas até 2050. Ademais, afirma-se imprescindível a esse propósito o desenvolvimento de novas plantas de CCS e formas de capturar o CO2 da indústria e da atmosfera.
O Brasil também tem alguns projetos de CCS implantados, tendo sido a Petrobras pioneira na empreitada. Segundo dados da própria empresa, o seu programa de CCS é o maior do planeta em volume. Ela informa que, até 2022 reinjetou um total de 40,8 milhões de toneladas de CO2 nos seus reservatórios, tendo como objetivo atingir o volume acumulado de 80 milhões de toneladas de CO2 reinjetadas até 2025.
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