A descarbonização da aviação é possível?
A indústria da aviação estabeleceu uma meta para descarbonizar os voos até 2050 e divulgou um roteiro para atingir esse objetivo por meio de inovações tecnológicas. O assunto esteve em discussão na última semana durante a Paris Air Show, considerada a maior feira de aviação do mundo.
Na feira, a Airbus descreveu seu progresso em direção aos aviões a hidrogênio. Na oportunidade, foi apresentada a nova proposta de motor de ventilador aberto. Já a Boeing falou sobre um novo conceito de fuselagem para a década de 2030.
– A meta da indústria da aviação é atingir um nível no qual se produz o mínimo possível de emissões de gases de efeito estufa, garantindo o equilíbrio ambiental a partir de tecnologias de captura de carbono.
– Um dos pilares do plano são os aviões novos e mais eficientes em termos de combustível. A expectativa é que, na década de 2030, a tecnologia limpa traga grandes avanços no setor. Para o futuro, ainda são esperadas aeronaves movidas a hidrogênio e híbridas-elétricas.
– Outro ponto considerado fundamental é aumentar o uso de combustível de aviação sustentável, produzido a partir de fontes renováveis.

– O chefe de vendas da Airbus, Christian Scherer, disse que ouviu uma mensagem consistente sobre o que precisa ser feito para descarbonizar e com que urgência. “A cristalização em torno desses temas está acontecendo. “Só precisamos mostrar nossa boa-fé”, garantiu.
– No entanto, o CEO da Qatar Airways, Akbar Al Baker, parece não acreditar no plano proposto. Às vésperas da Assembleia Geral Anual da Associação Internacional de Transporte Aéreo, ele afirmou que o discurso da indústria sobre emissões líquidas zero até 2050 era um “exercício de relações públicas” e que “não será capaz de ser alcançado”.

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