A energia nuclear é uma saída para a crise climática?
Para limitar o aumento da temperatura média do planeta a 1,5°C em relação à era pré-industrial, as emissões de gases de efeito estufa (GEE) devem atingir o pico antes de 2025 e ser reduzidas em 43% até 2030. Isso é o que destaca o resumo para tomadores de decisão elaborado pelo Painel Intergovernamental de Especialistas em Mudanças Climáticas (IPCC), denominado “Mudanças Climáticas 2022: Mitigação”.
Felizmente, os custos de algumas das energias renováveis têm vindo a diminuir nos últimos 20 anos, sendo a solar aquela que mais reduziu, com até 85% de diminuição dos custos, enquanto a eólica reduziu em 55%. As baterias, elemento-chave neste tipo de geração de eletricidade, ficaram mais baratas em pouco mais de 80%.
O interesse pela energia nuclear foi revivido após a invasão russa na Ucrânia. Esta guerra colocou em risco a segurança energética de vários países europeus, obrigando-nos a repensar as decisões de deixar de lado esta fonte de energia. De fato, vários países têm-lhe dado um novo impulso, promovendo a construção de novas fontes ou a renovação das que se encontram em funcionamento.
Atualmente, existem cerca de 440 reatores nucleares operando em 32 países, incluindo Taiwan. E há 68 usinas nucleares de diferentes tecnologias em construção em: Argentina, Brasil, Coréia do Sul, China, Eslováquia, Estados Unidos, Finlândia, França, Índia, Japão, Paquistão, Rússia, Taiwan, Ucrânia (suspenso pela guerra), Emirados Árabes e Bielorrússia.
A energia nuclear é limpa e segura, mas não é necessariamente a solução para todos os problemas relacionados às mudanças climáticas. Isso por que ela é cerca de quatro vezes mais cara que a eólica ou a solar, enquanto o processo de construção de um reator nuclear é muito mais lento, até cinco vezes o tempo de construção de um parque eólico ou solar com capacidade de geração semelhante.
A sua energia é o nosso negócio.