Açu quer atrair indústrias de fertilizantes, siderurgia e transição energética.
O Porto do Açu, em São João da Barra (RJ), quer atrair indústrias de fertilizantes, siderurgia de baixo carbono e de equipamentos para transição energética, afirma o CEO da empresa, José Firmo.
Na última quarta (8/2), ele inaugurou o segundo de três armazéns de carga previstos para entrar em operação até o segundo semestre de 2023, no Terminal Multicargas (T-MULT).
O novo armazém espera receber até 45 mil toneladas de cobre do estado de Goiás, para exportação. Já o próximo, com capacidade para 40 mil toneladas, deve viabilizar a importação de fertilizantes para o Sudeste e Centro-Oeste.
É apenas o primeiro passo. “O segundo passo será atrair indústrias para beneficiar essas cargas”, disse o executivo a jornalistas, durante inauguração do armazém.
Para isso, além da infraestrutura, o porto trabalha para trazer o gás natural e as energias renováveis.
O grande trunfo do porto é o potencial de desenvolver um hub de hidrogênio verde (H2V).
O combustível é considerado uma das alternativas mais eficazes para descarbonizar indústrias de difícil redução de emissões de carbono, tais como siderurgia e de cimento. Também pode ser utilizado na produção de fertilizantes nitrogenados.
O Açu, inclusive, tem um memorando de entendimento com a Shell para o desenvolvimento conjunto de uma planta-piloto de hidrogênio verde.
Neoenergia e Prumo também estudam a viabilidade de produção combinada com energia eólica offshore, e a australiana Fortescue demonstrou interesse em instalar uma planta no complexo portuário.
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