África sustentável: o que podemos aprender com o continente africano.
airóbi, a capital do Quênia, sediou em setembro a primeira Cimeira Africana do Clima, cúpula que reuniu os líderes dos países africanos para debater o desenvolvimento sustentável na região. Primeiro encontro desse tipo no continente, o evento tinha como um de seus objetivos mostrar ao mundo que a região é um bom destino para investimentos com foco na questão climática.

E o cartão de visitas veio logo na abertura, no discurso de António Guterres, secretário-geral da ONU: a África pode se tornar uma superpotência de energias renováveis. “A África tem 30% das reservas minerais essenciais para as tecnologias renováveis e de baixo carbono, como a energia solar, os veículos elétricos e as baterias”, afirmou. Em seguida, reforçou dizendo que isso a torna “rica em potencial de energia renovável”, o que pode ser o “milagre africano” e ajudar o continente a se inserir de vez no circuito da economia verde global.
Para ilustrar, Guterres citou Moçambique, que obtém quase 100% de sua energia vinda de fontes verdes e sustentáveis. O continente também tem outros bons exemplos nessa área, como o Quênia, que hoje gera 75% de sua energia a partir de fontes renováveis e pretende chegar a 100% até 2030.
omo se vê, a questão é urgente. A boa notícia é que, embora haja desafios a superar, a região tem diversos cases de sustentabilidade que podem servir de inspiração. De hidrogênio verde a projetos de eliminação de plástico e reflorestamento, veja alguns desses exemplos:
– Quênia e a energia geotérmica
– Ruanda e o cerco ao plástico
– Carvão sustentável em Angola
– Marrocos e Egito na corrida do hidrogênio verde
– Etiópia e o reflorestamento

Essas são apenas algumas experiências que mostram o quanto a África pode nos inspirar na busca pelo desenvolvimento sustentável.

A sua energia é o nosso negócio.