Brasil está na corrida pela tecnologia que irá revolucionar a energia solar.
A busca por formas de produzir energia limpa de forma mais eficiente e barata tem envolvido pesquisadores e empresas de todo o mundo, e o Brasil está entre eles. Uma estrutura cristalina a base de diferentes elementos têm se sobressaído como um semicondutor, podendo ser utilizada para revolucionar a energia solar e os painéis fotovoltaicos.

A estrutura é conhecida como perovskita, sendo composta por brometo de chumbo, iodeto de chumbo e brometo de césio e possuindo alta capacidade de transformar a energia solar vinda dos fótons em eletricidade. Os estudos sobre suas propriedades começaram há mais de 14 anos, em uma pesquisa publicada na revista Journal of the American Chemical Society em 2009.
Uma tecnologia mais recente tem misturado essas duas técnicas, sobrepondo uma célula solar perovskita a uma de silício. Ela é chamada de célula tandem e já registrou uma taxa de eficiência de 33,7%. Empresas chinesas, europeias e norte-americanas estão à frente nas pesquisas para a utilização da perovskita e o objetivo é que a produção em escala comece nos próximos meses.
No Brasil, as pesquisas acerca do uso da perovskita são conduzidas pela Oninn, em parceria com pesquisadores da Universidade Estadual Paulista (Unesp) e do Centro de Inovação em Novas Energias (Cine).
O objetivo da atual é fazer com que as células solares de perovskita deixem de ter dimensões de milímetros e centímetros quadrados, para módulos com centenas de centímetros quadrados. Diego Bagnis, físico e diretor da Oninn, apontou que o nível de maturidade tecnológica dos painéis que estão sendo desenvolvidos pela empresa é o nível 4, onde o 9 é o de produção estabelecida.

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