Brasil pode gerar até R$ 26 bi por ano em créditos de carbono, diz consultoria.
A emissão de gases que provocam o aquecimento do planeta movimenta um mercado planetário que tem como objetivo o equilíbrio ambiental. Quem emite esses poluentes pode compensar isso comprando créditos de projetos que capturam o carbono. E, nesse mercado, o Brasil tem um potencial enorme.
Se o verde lembra dinheiro, imagine a fortuna de uma floresta. Mas para isso, a floresta precisa continuar verde.
Investidores privados aprenderam a transformar a preservação ambiental em um negócio rentável. Recorreram a uma ferramenta que conhecem bem: o comércio. Só que, nesse caso, vendem um produto que não dá pra ver: o crédito de carbono.
É como se fosse uma unidade de medida: um crédito de carbono significa que uma tonelada de gás carbônico deixou de ir para a atmosfera por causa de uma área que foi conservada ou reflorestada, por exemplo.

Um projeto no Pará é uma fábrica de créditos, que preserva 145 mil hectares de floresta. Mas além disso, monitora a fauna, usa sobras de madeira para a fabricação de móveis e faz ações sociais com comunidades ribeirinhas.
Essas certificações vão aumentando o valor do crédito de carbono produzido. O fundo de fomento à sustentabilidade de uma mineradora investe neste projeto do Pará. E, desde ano passado, vende os créditos no mercado de carbono. O valor é variável. Segue a lei da oferta e da procura e, em média, cada crédito vale US$ 10 – o que dá pouco mais de R$ 50.

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