Caminhos para uma transição energética justa e segura.
A transição energética é um tema central na agenda global, com países buscando reduzir sua dependência de combustíveis fósseis e promover fontes de energia mais limpas e sustentáveis. No contexto brasileiro, essa transição ganha relevância não apenas como uma necessidade ambiental, mas também como uma oportunidade para impulsionar o desenvolvimento econômico e social.

De acordo com dados do Sistema de Estimativas de Emissões e Remoções de Gases de Efeito Estufa (SEEG), três quartos das emissões brasileiras em 2022 foram provenientes de mudanças no uso da terra (48%), que incluem desmatamento, e da agropecuária (27%). O setor de energia respondeu por 18% do total das emissões. Desse montante, a maior parcela refere-se ao transporte (52,6%) e somente 9,7% à geração de eletricidade.

Com base nesses dados, poderíamos até concluir que a eliminação do desmatamento na Amazônia seria o bastante para cumprirmos as metas estabelecidas no Acordo de Paris. Mas a expansão da demanda por energia, devido a fatores como crescimento populacional e econômico, aumento da sensação de calor e a eletrificação da frota de ônibus e automóveis, nos obriga a olhar com cuidado para o futuro do setor elétrico e seu impacto nas metas climáticas brasileiras.
Quando o assunto é eletricidade, uma das chaves para a sustentabilidade é a geração por fontes renováveis, como solar e eólicas. Porém, o caráter variável das renováveis requer mecanismos de backup, prestados, historicamente, pelas usinas hidrelétricas. Como não há expectativas de construção de novos grandes reservatórios, o incremento de fontes intermitentes exige alternativas que reduzam o nervosismo do sistema.

A sua energia é o nosso negócio.