Cearense cria painéis solares inéditos usando resíduos de castanha de caju.
Um estudante do Ceará desenvolveu um inovador painel solar feito de resíduos de castanha de caju. Esta descoberta tem o potencial de transformar o mercado fotovoltaico, tornando a energia solar mais acessível e eficiente.
A solução para sua iniciativa sustentável veio de um dos frutos mais populares do Nordeste: a castanha de caju. Os estudos indicam que o processamento da casca da castanha de caju gera um resíduo chamado de LCC, um óleo altamente eficiente na captação de radiação solar. Esse óleo pode ser usado na geração de energia fotovoltaica térmica.

Apesar dos testes ainda estarem em andamento, pesquisadores afirmam que os painéis solares de resíduos de castanha de caju são potencialmente mais eficientes do que as placas fotovoltaicas convencionais disponíveis no mercado, que diversas das vezes são feitas com metais tóxicos.
Segundo Nivaldo Aguiar, professor do Programa de Pós-Graduação em Engenharia e Ciência de Materiais, o resto do processamento da castanha de caju gera dano ao meio ambiente, visto que deixa o solo estéril, dificultando a agricultura.

As indústrias, sem ter nenhum meio ou algo a fazer com os resíduos de castanha de caju, geralmente os armazenam em grandes reservatórios. Além de dar um destino “mais limpo”, o pesquisador da Universidade Federal do Ceará afirma que a aplicação do resíduo na geração de energia solar ainda possui a capacidade de reduzir o custo de fabricação dos painéis solares. Os pesquisadores atuam com o aproveitamento dos resíduos de castanha de caju há cerca de 5 anos.
Durante a próxima etapa da pesquisa, os cientistas planejam registrar a patente do sistema e também realizar testes de custo destes painéis solares de resíduos de castanha de caju.

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