Célula solar de perovskita quebra novo recorde de eficiência.
Pesquisadores da Northwestern University elevaram novamente os padrões para as células solares de perovskita com um novo desenvolvimento que impulsionou a eficiência dessa tecnologia emergente para níveis recordes.

Os resultados, publicados na revista Science na última sexta-feira, 17 de novembro, descrevem uma solução de dupla molécula para superar as perdas de eficiência na conversão de luz solar em energia.
A equipe, liderada pelo professor Ted Sargent da Northwestern University, abordou a recombinação de superfície, um processo no qual elétrons são perdidos quando são aprisionados por defeitos na superfície, e a recombinação na interface entre camadas.
Ao incorporar uma primeira molécula para lidar com a recombinação de superfície e uma segunda molécula para interromper a recombinação na interface, a eficiência certificada pelo National Renewable Energy Lab (NREL) atingiu 25,1%, superando abordagens anteriores que alcançavam apenas 24,09%.

O professor Ted Sargent, co-diretor executivo do Paula M. Trienens Institute for Sustainability and Energy, destacou a rápida evolução da tecnologia de perovskita e a mudança no foco da pesquisa e desenvolvimento para as interfaces. “Este é o ponto crítico para melhorar ainda mais a eficiência e estabilidade, aproximando-nos dessa rota promissora para colheita solar cada vez mais eficiente”, afirmou ele.
Embora as células solares de perovskita tenham historicamente enfrentado desafios de estabilidade, avanços recentes têm aproximado sua eficiência daquela alcançada pelo silício. No estudo atual, a equipe concentrou-se não em aumentar a absorção de luz, mas em manter e reter elétrons gerados para aumentar a eficiência.

Cheng Liu, autor principal do estudo e estudante de pós-doutorado no laboratório de Sargent, explicou a complexidade da recombinação na interface e a abordagem inovadora da equipe.

A sua energia é o nosso negócio.