Células solares refrigeradas a água integram geração com armazenamento.
Pesquisadores egressos das universidades de Melbourne e Monash, na Austrália, estão tentando colocar no mercado uma tecnologia inovadora para o armazenamento do excesso de energia gerado pelas fazendas solares.
O problema da intermitência da energia solar – há energia demais em alguns momentos, e pouca ou nenhuma noutros, como à noite – tem sido abordado de diversos modos, com o armazenamento da energia excedente sendo feito em baterias de lítio, que são muito caras, ou em esquemas hidroelétricos, que exigem relevos acidentados, onde nem sempre é viável instalar uma fazenda solar.
Por isso, John Lasich e sua equipe, agora respaldados pela sua empresa emergente RayGen, desenvolveram uma alternativa muito mais simples e barata, e que não coloca nenhuma restrição à localização da fazenda solar.
A tecnologia consiste em células solares de alto desempenho refrigeradas a água, o que permite seu uso em conjunto com concentradores solares, grandes espelhos que focalizam os raios de sol em uma torre.
A grande vantagem é que espelhos são muito mais baratos do que painéis solares, e a torre conta com um número muito menor de painéis solares do que uma fazenda solar tradicional.
Os espelhos concentram a luz solar nos painéis solares refrigerados a água no topo de uma torre. Essas células convertem normalmente a luz em eletricidade, que é lançada na rede elétrica, como em uma fazenda solar convencional.
A luz focalizada faz com que a temperatura das células solares seja muito alta, mas o fluxo de água contínuo, passando por dentro de cada painel, evita que elas superaqueçam e se tornem ineficientes.
Entra em jogo então o sistema de armazenamento de energia: O calor capturado pelo circuito de resfriamento é transferido para um sistema secundário, que flui para um reservatório subterrâneo, onde a água é mantida termicamente isolada a uma temperatura de 90 °C.
A sua energia é o nosso negócio.