China domina a crescente indústria mundial de tecnologias limpas.
O investimento em tecnologias limpas, como a energia solar fotovoltaica (PV), baterias, energia eólica, eletrolisadores e bombas de calor, aumentou 70% no ano passado, sendo a China responsável por três quartos dos investimentos globais, de acordo com um relatório publicado hoje (6 de maio) pela Agência Internacional da Energia (AIE) que avalia o ritmo de fabricação de tecnologias limpas.

A China detém mais de 80% da capacidade global de produção de módulos solares fotovoltaicos e de produção de baterias e é o maior exportador mundial de baterias para veículos elétricos, representando cerca de 70% do total das exportações em 2023. O gigante asiático controla atualmente cerca de 90% da capacidade global de materiais ativos de cátodo e mais de 97% da capacidade de materiais ativos de ânodo – componentes de bateria essenciais para a produção de baterias de iões de lítio de alta qualidade necessárias para a produção de veículos eléctricos ou sistemas de armazenamento de energia.

Embora a UE e os EUA representem, cada um, 5% da produção de baterias, a AIE prevê que a capacidade acumulada por estas três regiões, incluindo a China, se mantenha acima dos 90% até 2030.
Os baixos custos laborais e os subsídios estatais mantêm a China na vanguarda da corrida às tecnologias limpas. As instalações de fabrico de baterias, energia eólica e energia solar fotovoltaica são normalmente 70% a 130% mais caras de construir nos EUA e na Europa do que na China, sugere o relatório da AIE, com base em avaliações de mais de 750 instalações. Consequentemente, os custos dos módulos solares fotovoltaicos são cerca de 35-65% mais baixos na China do que na Europa ou nos EUA.

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