China reduz preços de carros elétricos e painéis solares para dominar o mercado global.
Empresas da China, especialmente no setor de carros elétricos e painéis solares, estão adotando a estratégia de reduzir preços para ampliar sua presença nos mercados internacionais. Essa abordagem é uma resposta ao enfraquecimento da demanda doméstica que essas empresas estão enfrentando. A expansão agressiva, no entanto, está gerando novas tensões comerciais, pois concorrentes globais começam a ver as empresas chinesas como uma ameaça significativa à sua estabilidade financeira.
As tensões são mais agudas na Europa, onde os reguladores da União Europeia abriram uma investigação antissubsídios refletindo a preocupação de que a China esteja inundando a região com carros elétricos de baixo custo.
Os governos locais da China têm subsidiado viagens ao exterior para empresas venderem mais, e pedem que bancos façam empréstimos a empresas que desejam se expandir nos países participantes do programa Cinturão e Rota da China.
Pequim também pediu que instituições financeiras direcionem crédito ao setor industrial. As fabricantes de carros elétricos e painéis solares do país têm uma vantagem adicional com uma moeda desvalorizada, à medida que o yuan atinge o menor nível frente ao dólar americano em mais de 15 anos, tornando seus produtos mais baratos no exterior.
Segundo a Wood Mackenzie, a estimativa é que a China será responsável por mais de 80% da capacidade global de produção de polissilício, wafer, células e módulos fotovoltaicos nos próximos anos, mesmo diante dos esforços de outros países para promover suas indústrias locais.
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