Cientistas criam gás hidrogênio verde com simples ingredientes.
Quando alumínio puro reage com a água, o hidrogênio é gerado como subproduto. No entanto, após a primeira reação, uma camada de óxido se forma na superfície do alumínio, bloqueando futuras reações. Isso impede a continuidade do processo, a menos que o alumínio seja purificado.
Uma solução possível envolve o uso de ligas como gálio e índio para purificar o alumínio, mas esses metais são caros e raros.

Outro desafio crucial na utilização do hidrogênio como combustível é sua alta inflamabilidade, tornando o transporte e armazenamento arriscados. Em tanques pressurizados, como ocorre com combustíveis tradicionais, o hidrogênio pode ser extremamente volátil, aumentando os riscos de explosões.

Os cientistas do MIT acreditam que sua nova abordagem pode resolver ambos os problemas. Eles desenvolveram um método que permite a purificação do alumínio por meio da reutilização de ligas de gálio e índio, reduzindo os custos do processo.
Durante o estudo, os pesquisadores converteram latas de refrigerante velhas em pequenos pellets de alumínio, tratados com uma liga de gálio-índio para remover impurezas. Quando esses pellets foram misturados com água do mar filtrada, o resultado foi a produção de gás hidrogênio. No entanto, o processo inicial era lento, levando várias horas para gerar uma quantidade significativa de hidrogênio.

Para acelerar a reação, a equipe recorreu a produtos químicos encontrados comumente em cozinhas. Entre as substâncias testadas, a cafeína se destacou. Ao adicionar uma baixa concentração de imidazol (um composto encontrado na cafeína), os pesquisadores conseguiram aumentar drasticamente a velocidade da reação. Com o uso desse aditivo, o tempo de produção de hidrogênio caiu de duas horas para apenas cinco minutos.

Além disso, o uso de imidazol e íons de água salgada permitiu que mais de 90% da liga de gálio-índio fosse recuperada e reutilizada, tornando o processo mais econômico e sustentável.

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