Cientistas desenvolvem vidro que tira calor do ambiente e capta energia solar.
A ideia não é nova, mas ganhou impulso especial recentemente, graças a cientistas criadores de um vidro revolucionário que dá um passo além ao resfriamento radiativo.
Seu grande diferencial é captar energia do sol e, ao mesmo tempo, transferir calor do ambiente para o espaço.
Tal propriedade se deve à utilização de um “composto fotônico randomizado” na fabricação do vidro inovador.
A substância dentro dele permite devolver o calor na forma de radiação infravermelha de ondas longas, para as quais a atmosfera terrestre é transparente.
Conhecido também como resfriamento passivo, o método tem sido considerado sob medida como recurso extra contra o aquecimento global.
Pesquisadores aplicaram o método no desenvolvimento de um coletor radiativo, transparente e ultrafino, que permite transformar a luz solar em energia elétrica.
Isso permite a um condomínio médio reduzir suas emissões anuais de carbono e também a temperatura nos apartamentos.
Em um prédio de 12 andares, com um aparelho cada, a redução do calor seria de até 70%, mas em apenas um pavimento (450m²)
Além disso, segundo ele, essa remoção de calor não teria controle preciso da temperatura, tampouco permitiria renovação do ar.
Todas essas considerações, porém, não invalidam, no entender do professor, que a tecnologia radiativa tenha o seu espaço.
“Em uma residência de apenas um pavimento, bem isolada e considerada ‘verde’, ela pode ser uma solução viável”
A sua energia é o nosso negócio.