Como a energia solar está transformando os mercados e os sistemas energéticos globais.
m 2013, o operador do sistema de energia da Califórnia, ao estudar cenários futuros para o abastecimento energético do estado, criou o gráfico hoje conhecido como a “curva do pato”.
A curva ilustra a demanda líquida, ou seja, a diferença entre a demanda por energia elétrica e a geração de energia renovável, com destaque para a solar. Durante o dia, quando a geração solar atinge seu pico, a demanda líquida cai. No entanto, ao anoitecer, a produção solar diminui rapidamente, resultando em um aumento abrupto da demanda líquida. O nome se deve ao formato da curva, que se assemelha ao contorno de um pato.
Desde então, a energia solar consolidou-se como uma das principais fontes de energia em muitos países. Desde 2001, a construção de empreendimentos de fontes renováveis cresce anualmente e, em 2023, a energia solar representou 75% do acréscimo de capacidade de geração renovável global. Como resultado, a curva do pato tornou-se uma realidade em vários sistemas elétricos ao redor do mundo, incluindo o Brasil. Várias são as consequências desta mudança nos sistemas de energia.
Como a queda da energia solar é bastante abrupta ao anoitecer, indo do máximo ao zero em poucas horas, outras fontes de energia precisam ser acionadas rapidamente, uma vez que a demanda não só permanece, como pode até aumentar.
Os preços de mercado obedecem a lei da oferta e da demanda. Quanto mais energia, menor é o preço. Durante o dia, quando a geração solar é alta, pode haver um excesso de energia em algumas horas, levando os preços a zero, ou mesmo a valores negativos.
À medida que mais instalações solares entram em operação, o valor de mercado de sua energia diminui devido à “canibalização” – quando múltiplas plantas solares vendem energia ao mesmo tempo, pressionam os preços para baixo.

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