Como investir em crédito de carbono? COP27 e resgate da discussão ambiental colocam mercado em evidência.
O mercado de créditos de carbono pode passar por intensa transformação nos próximos meses no Brasil, embalado pelas discussões da COP27 no Egito, pela eleição de um governo mais favorável à pauta ambiental e pela necessidade de que o País seja mais competitivo no comércio internacional.
Na avaliação de especialistas ouvidos , a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), juntamente com a sinalização de que há a intenção de criar uma autoridade para rede climática manifestada por membros da equipe de transição, podem ser interpretadas como um primeiro demonstrativo de foco e de maior credibilidade para a entrada de recursos de investidores estrangeiros na área ambiental nos próximos anos.
Para Laura Albuquerque, gerente sênior da WayCarbon, o primeiro passo parece ter sido dado com o anúncio, no começo deste mês, de que Alemanha e Noruega – países investidores de fundos relacionados à mudança do clima no Brasil, como o Fundo da Amazônia – pretendem voltar a apostar no País com a eleição do candidato petista.
O potencial do País para atrair investimentos na área é significativo. Estudo recente divulgado pela WayCarbon em parceria com a Câmara de Comércio Internacional (ICC Brasil) aponta que o Brasil pode atender até 48,7% da demanda global de crédito de carbono até 2030.
Considerando um cenário otimista em que o preço do carbono ficaria em torno de US$ 100 dólares por tonelada, a pesquisa projeta que o potencial de geração de receitas com crédito de carbono poderia chegar a US$ 120 bilhões até 2030 no País.
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