Como o Brasil pode fazer a transição energética?
Protagonistas entre as fontes de energia, o petróleo, o gás natural e o carvão mineral respondem hoje por cerca de 80% da matriz energética mundial. A transição energética representa uma transformação nesse cenário, reduzindo a dependência dessas tradicionais fontes. Com o aumento do alerta quanto aos riscos inerentes ao aquecimento global, os esforços buscando a transição energética se tornaram uma corrida contra o tempo e ganharam escala mundial, na esteira de acordos internacionais como a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável da ONU e o Acordo de Paris.
Embora a matriz energética brasileira seja mais limpa do que a matriz energética mundial – quase metade tem origem em fontes renováveis –, o país não está alheio a esse movimento de transformação, tanto por consagrar como direito fundamental o direito a um meio ambiente equilibrado quanto por ser signatário de instrumentos internacionais que abrangem o compromisso com a redução das emissões de gases do efeito estufa até 2030 e o atingimento da neutralidade climática até 2050. A transição energética é essencial para que esses objetivos sejam alcançados.
Para alcançá-los, serão necessários investimentos expressivos. A transição energética demanda pesquisa e tecnologia para superar desafios técnicos – como a integração de diferentes fontes renováveis à rede elétrica – e desenvolver projetos inovadores, o que exige investimentos significativos em um contexto de recuperação pós-pandemia de Covid-19. Ainda assim, nessa frente, há boas notícias. Recentemente, a União Europeia anunciou investimentos de 45 bilhões de euros na América Latina e no Caribe, como parte do Global Gateway, uma estratégia para impulsionar projetos sustentáveis de infraestrutura em setores-chave como transporte, energia, saúde, educação e digital.
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