Consumo energético da IA pode ser maior que o de toda a Índia até 2030.
O treinamento e uso das ferramentas de inteligência artificial (IA) podem contribuir para um quadro crítico de consumo de energia, segundo Rene Haas, CEO da ARM Holdings.

De acordo com ele, a situação é tão insustentável que, continuando neste ritmo, é possível que a indústria de IA possa usar mais energia do que toda a população da Índia – o país mais populoso do mundo – até 2030.
Que as IAs consomem muita energia, não é nenhuma novidade, e as estimativas de consumo de energia do ChatGPT, em sua versão mais simples (3.5), gasta cerca de 1.87 megawatt-hora de energia elétrica – o equivalente a 123 veículos movidos a gasolina por ano.

O problema disso está no impacto ambiental: a estimativa acima, embora não muito exata, tem o potencial de dispersar na atmosfera cerca de 552 toneladas de dióxido de carbono (CO2), um dos gases que mais contribuem para o avanço do efeito estufa. Tal efeito aumenta temperaturas a níveis não naturais, o aquecimento global vai se complicando e todos os problemas que especialistas já vêm há anos apontando podem piorar.

E isso tudo é para uma solução. É seguro imaginar, então, que um cálculo de gasto energético que contemple toda a indústria da IA possa resultar em algo assustador.
Uma IA deve ser constantemente treinada com novos dados, a fim de que ela tenha uma evolução constante e torne-se mais e mais eficiente. Para isso, grandes volumes de processamento são necessários, o que demanda mais e mais eletricidade.

Uma opção entre dois cenários: ou a humanidade vai ter que se adaptar a grandes mudanças na forma como produzimos e consumimos energia; ou empresas terão que enfrentar uma maior regulação governamental para que a IA, enquanto indústria, tenha um consumo energético mais controlado.

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