COP 28: entidades cobram cronograma para eliminação dos combustíveis fósseis até 2050.
A uma semana da COP 28, 61 organizações brasileiras se uniram para cobrar do governo federal a apresentação de um cronograma para eliminação gradual de combustíveis fósseis até 2050.
Liderado pelo Observatório do Clima, o grupo pede que um acordo internacional seja fechado durante a conferência. A intenção é que os países se comprometam a cumprir datas e metas de redução da produção de combustíveis fósseis. Para as organizações, essa forma de “energia suja” é a principal causa do aquecimento global.
O objetivo das organizações é que a produção de combustíveis fósseis seja eliminada até 2050. Para as metas, o grupo quer a redução de pelo menos 43% da exploração e da queima dos combustíveis fósseis até 2030, e de 60% até 2035.

Além do cronograma, elas pedem mecanismos econômicos de apoio a países menos desenvolvidos e maior responsabilização de países mais ricos. Para isso, sugere-se o pagamento de um imposto global sobre os lucros de grandes petroleiras, que seria revertido para ajuda em outras nações que têm dificuldade em se adaptar às mudanças climáticas.
O ex-diretor do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) e presidente da Frente Nacional dos Consumidores de Energia, Luiz Eduardo Barata, participou da coletiva e falou sobre o cenário nacional de energia.

Segundo o engenheiro, o setor elétrico brasileiro não precisa utilizar combustíveis fósseis para a geração de energia. “Nós temos uma situação particular no mundo porque dispomos de todas as outras fontes. Nós dispomos das hidrelétricas, das eólicas e das solares”, afirmou Luiz Eduardo Barata.

Para o ex-diretor, esse cenário demonstra que o Brasil é capaz de “estancar rapidamente” a eliminação dos combustíveis fósseis para a geração de energia elétrica. “Mas o que temos visto, na verdade, é um movimento contrário”, completou.

A sua energia é o nosso negócio.