Crédito de carbono no Brasil: Potencial bilionário.
O mercado de crédito de carbono desponta como uma importante fonte de receitas, tanto para o Brasil quanto para o mundo. O estudo da ICC Brasil prevê que as receitas para o Brasil possam atingir US$ 100 bilhões até 2030 e ultrapassar USD 300 bilhões até 2050. Este mercado, em constante crescimento, ganhou destaque no cenário brasileiro, registrando um aumento notável de 236% em 2021.
O Brasil, detentor de considerável potencial, projeta suprir até 37,5% da demanda global no mercado voluntário e 22% no mercado regulado pela ONU até a próxima década. Esse cenário motivou a publicação do Decreto 11.075/22, marco inicial para a regulamentação do mercado de créditos de carbono no país, com a meta de estabelecer um mercado regulamentado até 2025.
Atualmente, o mercado europeu lidera, respondendo por cerca de 90% da comercialização global de crédito de carbono. O Brasil ocupa a sétima posição, com 4,6 mtCO2e, enquanto os principais mercados voluntários estão na Índia, EUA e China.
O mercado de crédito de carbono opera através do comércio de emissões e do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL). Projetos de MDL geram Reduções Certificadas de Emissão (RCEs), negociadas com entidades que não alcançam suas metas de emissão.
A regulamentação varia por país, sendo no Brasil estabelecida pelo Decreto nº 5.882, de 2006. Existem dois mercados: o regulamentado, com limites e compra/venda de permissões obrigatórias, e o voluntário, onde a aquisição de créditos é opcional.
omo qualquer moeda, o valor do crédito de carbono varia, influenciado por fatores econômicos, de mercado e ambientais. As negociações ocorrem diretamente ou no mercado secundário regulado por bolsas de valores.
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