Criação de abelhas em usina solar gera preservação e renda.
A energia solar no Brasil cresceu 52,4% em janeiro, segundo dados da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). As altas temperaturas, precipitações reduzidas e ausência de nebulosidade no início deste ano impulsionaram o aumento. Apesar da maior parte das fazendas solares estar concentrada no Nordeste, pela maior radiação solar, é Minas Gerais que figura como o maior produtor: são quase 100 usinas e capacidade instalada de mais de 3,8 mil megawatts. O estado também se destaca por, continuamente, ser palco de novidades no setor solar. É o caso de um projeto que une criação de abelhas com produção de energia solar em São Gonçalo do Sapucaí, uma pequena cidade de 25 mil habitantes em Minas Gerais.
A iniciativa, batizada de “Abelhas: um ambiente amigável”, possibilita a preservação das abelhas – cujas populações estão em declínio – maior polinização da agricultura local, além de geração de renda para apicultores locais.
O projeto ainda vai capacitar os apicultores para atuarem como profissionais de referência na comunidade. O grupo escolhido recebeu treinamento sobre o manejo adequado das abelhas, especialmente aquelas que estão em locais inadequados, como postes de luz, caixas de água e telhados.

Alguns cuidados foram tomados para que a usina não cause dano às abelhas enquanto gera energia solar. “Utilizamos painéis solares com menor brilho para reduzir a poluição luminosa e o prejuízo às abelhas, além de revestimento antirreflexo para evitar colisão de animais com a estrutura. Tudo isso, para gerar uma economia circular em que haja a preservação do meio ambiente, produção de energia limpa para a sociedade e maior renda para a comunidade local”.

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