De olho nos custos, produtor rural começa a adotar a energia solar.
De olho nos custos de produção no campo, entre eles o de energia, os produtores rurais brasileiros só agora adotam mais o uso da tecnologia. Espalhados pela zona rural do Brasil há quase 202 mil sistemas instalados (8,74% do total), gerando perto de 15% da energia. Em pouco mais de três anos aumentou pelo menos seis vezes.
É pouca a adesão na zona rural? Já foi pior. Cinco anos atrás, produtores rurais detinham somente cerca de 1% de participação na geração total de energia solar. “Com incentivos, o custo de energia para o produtor rural era a dor menor”, diz Bárbara Rubim, vice-presidente da Absolar. Vai doer mais: incentivos diminuem deste ano para frente.
No entanto, equipamentos mais eficientes e uma nova regulamentação sustentam mudanças na agropecuária. Nos últimos 10 anos, o período de retorno do investimento diminuiu de 10 ou 12 anos para três ou quatro anos. Em 2023, segundo a Absolar, o custo de um módulo fotovoltaico recuou entre 30 e 40%.
Pouco exploradas pelos produtores rurais são as linhas de financiamento disponíveis para geração de energia fotovoltaica. Há recursos a juros mais baixos nos programas de financiamento do BNDES, no Pronaf Mais Alimentos, no Renovagro, no Pronamp e no Próirriga. “O produtor deve ficar atento”, diz Bárbara Rubim.
Mas é fato que faltam alguns dados sobre a real quantidade e capacidade dos equipamentos instalados e o consumo de energia solar no país. Os dados disponíveis refletem as informações dos sistemas ligados as redes chamadas centralizadas (as grandes empresas distribuidoras).
Portanto, é desconhecido o número de equipamentos e a capacidade de geração dos sistemas de energia solar desconectados da rede. Estima-se que os que operam isolados sejam 0,1% do total. É uma alternativa para produtor de regiões remotas, mas exige análise criteriosa.
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