Eclipse vai colocar à prova sistemas de geração de energia solar.
A transição energética em geral e a geração de energia solar, em particular, vão passar por um teste importante em 14 de outubro. Um eclipse vai deixar o Sol obstruído por cerca de três horas em vários países da América, incluindo Brasil, Estados Unidos e Colômbia.

Visto do Brasil, e pelos horários locais, o fenômeno vai ocorrer aproximadamente das 13h20 às 16h35 no extremo oeste da Região Norte, na parte mais ocidental de Amazonas e Acre; e a partir das 16h30 no extremo leste da Região Nordeste, na parte mais oriental de Paraíba e Pernambuco. Visto do Nordeste, o Sol vai se por antes do fim do eclipse.

Em todos os 16 estados do Norte e do Nordeste, mais de 70% do Sol ficará obstruído pela Lua.
O caminho do eclipse pelas Américas vai exigir um outro grande teste. O Texas está na faixa de obstrução mais intensa, onde a Lua vai cobrir mais de 80% do Sol. O estado tem a segunda maior economia dos Estados Unidos e o segundo maior parque solar instalado (atrás apenas da Califórnia), com 18 GW – como comparação, isso é mais que a metade de toda a capacidade do Brasil, embora a população texana seja de apenas um sétimo da brasileira.

O eclipse ocorrerá no momento que deveria ser de insolação mais intensa, das 10h15 a 13h40 (horário local), num período de situação crítica no fornecimento de energia no estado, sem nenhuma sobra. Na quarta-feira (6/9), o governo texano apelou aos cidadãos para economizarem eletricidade, a fim de evitar apagões. Este é o primeiro verão na história do Texas em que o estado precisa de fontes renováveis para atender à demanda, informa a Bloomberg. O operador do sistema elétrico estadual, Ercot (sigla em inglês para Conselho de Segurança Elétrica do Texas) vai divulgar em 5 de outubro seu plano para o dia do eclipse.

A sua energia é o nosso negócio.