El Niño preocupa, mas pode aumentar a produção de energia eólica.
A formação do fenômino climático El Niño no Pacífico Equatorial ao longo do território brasileiro tem atuações distintas: em partes do Norte e Nordeste, a chuva fica mais escassa e o tempo mais seco, com risco de incêndios florestais. No Sudeste e Centro-oeste, a tendência é de que as precipitações permaneçam no mesmo padrão, mas as temperaturas devem ter um aumento. No entanto, no Sul, o El Niño provocará chuvas acima da média e temperaturas elevadas.

Meteorologistas afirmaram que as previsões apontam que este deve ser um El Niño de moderado a forte: “Realmente ele vai ser muito estudado e muito acompanhado de perto, porque há uma grande chance de nós termos o ano de 2024 entre talvez os mais quentes que a gente já tem observado, em função desse El Niño que está se desenvolvendo”.
Nos últimos tempos, a região sul sofreu com a seca provocada pelo La Niña. Por isso, a chuva será bem recebida. Apesar disso, os volumes esperados são grandes e, portanto, é preciso a atenção das autoridades.
Para os próximos meses, a expectativa é de que o Brasil não sofra com o fornecimento de energia, já que a chuva do ano passado favoreceu os bons índices dos reservatórios. Inclusive, de acordo com especialistas, há uma expectativa de que a energia eólica no Nordeste possa ser fomentada, justamente porque o El Niño acaba propiciando o aumento dos ventos. Quando se fala em fenômenos climáticos, o agronegócio também é outro setor impactado diretamente. O professor de economia e pesquisador da FGV Agro, Felippe Serigati, avalia que a safra deste ano já está garantida, mas ressalta que o setor depende totalmente do clima e que é difícil ter um controle.

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