Elétricos, a hidrogênio, e os desafios do lítio.
Na semana passada, as fabricantes de veículos elétricos BYD e Great Wall Motors anunciaram investimentos em fábricas de veículos elétricos na Bahia e em São Paulo. Quase em seguida, a Higer Bus anunciou a instalação de mais uma fábrica de caminhões e ônibus elétricos na região Centro-Oeste, a segunda da empresa no Brasil, que já constroi uma fábrica em Pecém, no Ceará.
Há ônibus nos planos, como o Azure, da TEVX Higer, desenhado especialmente para o Brasil e anunciado hoje (20) pela empresa em nota divulgada à imprensa. Mas a grande promessa parece ser a substituição dos atuais carros a combustão pelos elétricos, proposta que pode reduzir emissões e ruídos urbanos, mas mantém o tráfego intenso e os congestionamentos que emperram a circulação nas cidades brasileiras.
O BNDES pretende aportar 200 milhões de reais para desenvolver a infraestrutura e mobilidade sustentável por meio do programa Rota 2030, iniciativa nascida há cinco anos para melhorar apoiar a eficiência energética e a qualidade de automóveis, incluindo ônibus. Há também planos do banco de desenvolvimento para uma linha de crédito que beneficiaria empresas fabricantes de ônibus elétricos no Brasil.
Apesar do entusiasmo, um dos maiores problemas para a chamada “transição elétrica” é a produção do lítio.
A transição energética exigirá muito mais lítio e outros minerais até 2030 do que o mundo está preparado para produzir. Em artigo no New York Times, a especialista concorda que “o aumento responsável da produção global [de lítio] é fundamental, mas este é um problema que nenhum país poderá resolver sozinho. Os EUA e seus parceiros podem e devem cooperar para aumentar a produção no exterior”, mas sem esquecer os problemas sociais que essa exploração do minério pode provocar nos países que detêm as maiores reservas de lítio, complementou Jennifer Harris.
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