Energia cara dá força para geração solar.
Componentes mais baratos, tarifas de energia mais caras e expansão da geração distribuída remota devem alavancar o segmento solar no Brasil em 2023, estima a Greener, consultoria do mercado de energia fotovoltaica.

No ano passado, a fonte solar fotovoltaica alcançou 23,9 gigawatts (GW) de capacidade instalada no Brasil, boa parte (16,5 GW) em painéis instalados pelos próprios consumidores.

Essas instalações para geração própria quase dobraram em 2022, motivadas pelo fim dos subsídios programado para o início deste ano.

Ainda assim, 2023 deve ser um ano aquecido. A entrada de equipamentos no país no primeiro semestre deverá movimentar investimentos superiores a R$ 35 bilhões para atender geração distribuída (GD) e grandes usinas solares, prevê a consultoria.

Os sistemas fotovoltaicos residenciais acumulam uma redução de preço de 44% entre junho de 2016 e de 2022. E a tendência é seguir em queda.
Os módulos são fortemente influenciados pelo custo do polissilício, um componente das células solares, que após atingir pico de US$ 39/kg em meados do ano passado, experimentou uma queda vertiginosa para US$ 17/kg em janeiro de 2023.
Por outro lado, o aumento na taxa de juros está reduzindo o percentual de vendas financiadas de equipamentos para geração própria de energia – de 57% em 2021 para 54% em 2022.

“Grande parte dos sistemas fotovoltaicos no segundo semestre de 2022 e início de 2023 foram adquiridos de forma não financiada. Um fator que dificulta o volume de negócios no Brasil”.

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