Energia eólica completa 20 anos no Brasil e se prepara para uma nova fase: a do hidrogênio verde.
Uma turbina eólica, em sua produção, movimenta por volta de 1.000 fornecedores. “Você olha para uma turbina e vê que tem as pás, a torre, mas também tem parafusos, fixadores etc.”, afirma Elbia Gannoum, presidente da Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica). “No Brasil, 80% da cadeia produtiva é local.”

Essa é uma das grandes vitórias da energia eólica, fonte renovável de energia que está completando duas décadas no país. Para Gannoum, o efeito econômico multiplicador de se ter uma cadeia produtivo por trás do megawatt dá um aspecto social ao negócio. “A cada 1 real investido em energia eólica, se devolve 2,9 reais em crescimento econômico”, diz a executiva.
A energia eólica chegou a 26 gigawatts de capacidade instalada em operação este ano. É a segunda maior fonte de energia brasileira, com 13% da matriz elétrica, atrás apenas da hidrelétrica — são mais de 900 parques eólicos e 10.000 turbinas. Essa capacidade gera o suficiente para abastecer 36 milhões de residências, o que equivale a mais da metade da população brasileira.

Além de fortes e constantes, os ventos brasileiros sopram na direção que o país mais precisa. A indústria eólica está concentrada na região nordeste, o que vem ajudando a reduzir o gap econômico entre os estados do norte e do sudeste. Mas, para o nordeste, nada se compara ao potencial econômico de outra fonte de energia, viabilizada pela eólica: o hidrogênio verde.

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