Energia renovável e transição justa ganham aliados na COP28.
Os compromissos voluntários para aumentar a produção de energia limpa e de fontes renováveis ganham impulso na COP28, em Dubai. O Brasil, juntamente com outros 117 países, comprometeu-se a triplicar até 2030 a capacidade de geração global de energias renováveis (energia eólica, solar, hidroelétrica, entre outras). Isso significa aumentar os atuais 3.400 gigawatts (GW) produzidos mundialmente para 11.000 GW, um desafio que inclui mudanças nos sistemas elétricos e na infraestrutura das regiões.
A União Europeia, uma das potências que liderou o Compromisso Global sobre Energias Renováveis e Eficiência Energética, também anunciou o investimento de 2 milhões de euros na construção de uma planta de hidrogênio verde no estado do Piauí. O projeto deve ser iniciado em 2028 e já é um dos maiores do mundo. A produção desse combustível é considerada uma das soluções para a descarbonização de várias atividades econômicas, como o transporte marítimo e aéreo.
No contexto das negociações formais, a transição justa foi um ponto crucial incluído no rascunho do programa de trabalho. Na transição da matriz energética global, alguns setores da economia, como os de mineração e petróleo, terão suas atividades reduzidas, o que afetará de forma desproporcional os países, principalmente aqueles em desenvolvimento que são mais dependentes de recursos não renováveis. Por isso, uma transição justa considera aspectos sociais mais amplos.
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