Energia solar: placas podem contaminar solo, mas este projeto tem a solução.
Na comunidade rural Poço da Cruz, no município de Ibimirim, no semiárido de Pernambuco, um projeto-piloto está promovendo a produção de energia solar de forma mais ecológica e sustentável pelo chamado sistema agrofotovoltaico. Diferentemente do sistema tradicional, no qual as placas de captação de energia solar são colocadas próximas ao solo – o que inviabiliza o local para o plantio e ainda o contamina, uma vez que é necessário fazer uso de herbicida para impedir que a vegetação cresça sobre as placas – esse sistema promove o uso inteligente e sustentável de todo o solo onde as placas são instaladas.
O sistema fixa as placas a 3 metros do chão, deixando o solo livre para ser trabalhado sem a aplicação de herbicidas. A colocação das placas mais altas permite o aproveitamento do solo para o cultivo de alimentos, a criação animal e outras experiências sustentáveis.
O projeto de Poço da Cruz quer demonstrar que se essa técnica pudesse ser aplicada em parques de grande porte, com centenas de hectares, ela evitaria o despejo de litros de herbicida no solo e ainda possibilitaria a combinação de produção de energia solar com o cultivo de alimentos. O sistema agrotofovoltaico vem contribuindo com a segurança alimentar de estudantes e profissionais da Escola Técnica em Agroecologia. Em uma área de 24 m³, há dez placas instaladas a três metros do chão, que produzem energia solar. A mesma área tem também criação de peixes, cultivo de hortaliças orgânicas, criação de galinhas e produção de compostagem.

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