Energia solar supera eólica e vira 2ª maior fonte do país; veja desafios para 2023.
De acordo com dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o Brasil tem uma potência instalada de 205 gigawatts. A matriz hídrica segue como a principal fonte de energia, com 109 gigawatts, representando 51% do total. A fonte solar fotovoltaica atingiu a marca de 23,9 gigawatts de potência operacional instalada, seguida da eólica, com 23,8 gigawatts.
Rodrigo Sauaia, presidente da ABSOLAR, destaca que desde 2012 o setor de energia solar trouxe mais de R$ 120,8 bilhões em investimentos ao Brasil, gerando 705 mil empregos. A expectativa é de que neste ano o número chegue a 1 milhão de postos de trabalho.
“A nossa projeção é de que até o final deste ano haja um acréscimo de 10,1 gigawatts ao sistema. Nesse conjunto, percebemos uma participação maior das grandes usinas que podem representar 36,5% do total de potência instalada. Mas elas não lideram. O pequeno porte — de casas, empresas, hospitais, escolas — continua na dianteira e deve representar 5,5 gigawatts do total que será adicionado”, explica.
Na avaliação de Sauaia, a lei 14.300, que regulou a microgeração de energia, é positiva mas segue o desafio de implementar diversos dispositivos da norma, como a distribuição de créditos com energia gerada de forma excedente, ainda não regulamentadas pela Aneel.
“As distribuidoras já deveriam ter implementado outras regulamentações [adequar procedimentos] e também não fizeram isso. Há itens que não dependem de regulamentação e não estão sendo cumpridos pelas distribuidoras [faturamento idêntico às unidades conectadas em baixa tensão]. A Aneel deveria fiscalizar e isso não está acontecendo”, diz.
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