Energia solar transforma a vida de pequenos produtores na Amazônia.
A energia elétrica só chegou à comunidade ribeirinha Santa Helena do Inglês, em Iranduba (AM), em 2012. Ainda assim, era intermitente. A iluminação das pequenas casas de madeira se consolidou apenas em 2021, por meio do projeto Sempre Luz. O avanço foi um divisor de águas para a população local, que sobrevive com os recursos vindos da pesca.
O líder da comunidade, Nelson Brito, conta que a pesca de jaraqui envolve em torno de 100 famílias da Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) do Rio Negro, onde fica Santa Helena do Inglês. Além de ser infraestrutura básica, a energia ajuda na conservação dos pescados.
“Conseguimos às vezes fazer o faturamento de cento e poucas toneladas de pescado. Uma tonelada sai de R$ 3.000 a R$ 4.000 com a venda no canal pesqueiro de Manaus e dá qualidade de vida às pessoas da comunidade”, diz Brito sobre a produção anual.
A evolução das condições financeiras dos ribeirinhos da Santa Helena passa pelo período em que a infraestrutura também avançou. “De 2010 para cá, a gente não tinha nada de material de pesca, hoje nós temos. Canoa, rede, barco de pesca, esses equipamentos que garantem a atividade econômica”, relata.
Antes do projeto, a iluminação vinha do programa federal Luz para Todos, do qual a comunidade ainda participa. Em Santa Helena do Inglês, a energia solar veio de uma parceria entre a Fundação Amazônia Sustentável(F AS) e a empresa UCB, responsável por atender as 30 famílias que residem no local e mais dois espaços comunitários. Foram implantados 132 painéis solares, 54 baterias de lítio e nove inversores híbridos de última geração.
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