ESG: Adeus, aterros, rios e oceano. Lugar de garrafa PET é a reciclagem.
Um dos grandes embaraços para implementar a economia circular é a teimosia das coisas que se recusam a fazer justamente isso, circular. Não por culpa delas, obviamente, é sim nossa. E dessa propensão atávica que temos para produzir, usar e descartar.
1. a tomada de consciência, ainda que tímida, mas em ascensão, entre CPFs e CNPJs, de que o caminho atual é o da autodestruição; 2. a pressão sobre as grandes corporações, vinda de investidores e consumidores; e 3. a futura precificação do passivo ambiental de materiais virgens que até hoje são cobrados exclusivamente pelo valor da commodity de onde vêm.

Um indicativo de que essa mudança já está em curso é a quantidade de garrafas PET recicladas atualmente por uma única empresa brasileira, a Green PCR, de Campinas. São 3 milhões. Por dia! E a empresa deve dobrar este número até o final do ano, graças a um investimento de R$ 200 milhões feito pela eB Capital. São garrafas que, até um tempo atrás, iam parar em aterros ou em rios ou no mar.
A Green PCR foi pioneira no Brasil no processo conhecido como bottle to bottle, que consiste em pegar uma garrafa usada e lançá-la a numa jornada de seleção, trituração, transformação em flocos, depois em grãos, que são descontaminados e levados para a preforma e, por fim, ao sopro, que gera uma nova garrafa. Hoje, a empresa renunciou às etapas finais e vende os grãos para outras indústrias terminarem o serviço.

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