Espanha produz eletricidade demais — e agora não sabe o que fazer com tanta energia.
Nos últimos anos, a Espanha vem investindo fortemente em sistemas de energia renovável, seja solar ou eólica, o que fez com que a capacidade total de produção eólica do país, a sua principal fonte renovável nos últimos anos, tenha duplicado desde 2008. A capacidade de energia solar, por sua vez, aumentou oito vezes no período.

Como resultado, Espanha se tornou o Estado-Membro da União Europeia com a segunda maior infraestrutura de energias renováveis, depois da Suécia, que ocupa o primeiro lugar, segundo o site da rede britânica de TV BBC.

No início do ano, o primeiro-ministro Pedro Sánchez, líder do Partido Socialista Operário, descreveu seu país como “uma força motriz da transição energética à escala global”.

O boom começou logo após a chegada de um novo governo sob o comando de Sánchez em 2018, com a remoção de obstáculos regulatórios e a introdução de subsídios para instalações de energia renovável. A pandemia acelerou ainda mais essa tendência.
O governo, por sua vez, adotou novas metas ambiciosas, incluindo a cobertura de 81% das necessidades de eletricidade de Espanha com energias renováveis ​​até 2030.

Mas há preocupações no setor energético causadas por um desequilíbrio entre a oferta e a demanda.

Embora a economia espanhola tenha se recuperado fortemente do trauma da pandemia de Covid e esteja crescendo mais rapidamente do que todas as outras grandes economias do bloco, o consumo de energia tem diminuído nos últimos anos.

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