Geração solar: o futuro está nos pequenos
Os consumidores de energia solar do futuro serão livres e ativos. Em suas casas, telhas e paredes produzirão eletricidade e, por meio de medidores inteligentes, eles acompanharão de perto o perfil da demanda nas diferentes horas do dia. Seus carros serão, definitivamente, abastecidos na garagem – ao mesmo tempo que, caso optem pela compra de energia de empresas geradoras, terão a oportunidade de escolher seus fornecedores como quem hoje busca uma companhia operadora de telefonia celular.
O futuro será marcado pelo gerenciamento da vida energética. Os consumidores terão autonomia sobre decisões de quando produzir, armazenar ou comprar de terceiros. A energia solar traz o atributo de permitir a autoprodução, o que, junto com o armazenamento, vai transformar o modo como consumimos hoje.
Uma sinalização do que vem pela frente são os atuais aplicativos de contratação de energia solar por clientes de pequeno porte, sem investimento e sem muito esforço. Nesse modelo de negócio, por meio do celular, um produtor reúne uma cooperativa de usuários, que compartilham os créditos da operação. Isso porque cada megawatt (MW) produzido e não consumido é transformado em desconto na conta de luz.
Os pequenos consumidores, como o residencial e o comercial, além de produtores rurais, são a promessa de crescimento da geração solar no Brasil, segundo Raphael Gomes, sócio da área de energia do escritório de advocacia Lefosse. Ele avalia que o mercado já se expandiu muito entre os grandes consumidores. Falta agora avançar pelo varejo, num sistema de geração distribuída, “a que mais acelera a matriz energética e atrai investidores”.
A sua energia é o nosso negócio.