Goldman prevê novo “superciclo econômico” impulsionado por IA e transição energética.
Apesar do temor de uma crise nos mercados em 2024, após a alta de 2023, os economistas do Goldman Sachs (NYSE:GS) projetam que a economia global esteja entrando em um novo “superciclo”, impulsionado pela inteligência artificial e pela transição energética.
Peter Oppenheimer, chefe de pesquisa macroeconômica na Europa do banco, afirmou que “estamos entrando claramente em um superciclo diferente”.

Os superciclos são períodos prolongados de expansão econômica, geralmente acompanhados de aumento do PIB, demanda robusta por bens com elevação de preços e alto nível de emprego.

Oppenheimer lembrou que o último superciclo relevante que a economia global vivenciou teve início no começo dos anos 1980 e foi caracterizado por um pico nos juros e na inflação, seguido de várias décadas de redução nos custos de capital, inflação e juros, além de políticas econômicas como desregulação e privatização.
No entanto, alertou que esses fatores não devem se repetir como no passado, estimando que é “improvável que os juros sigam uma tendência de queda tão acentuada na próxima década”, notando também “um certo retrocesso da globalização” e um “aumento das tensões geopolíticas.”

Apesar disso, isso não implica necessariamente que os mercados não avançarão, de acordo com o Goldman Sachs, que destaca que há também forças que podem ter um impacto positivo, como a inteligência artificial e a transição energética.

Oppenheimer enfatizou que a inteligência artificial está apenas no começo, salientando especialmente que se pode esperar “um aumento da produtividade por meio das aplicações de IA, o que poderia ser positivo para o crescimento e, claro, para as margens”.

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