Google vai utilizar energia geotérmica para alimentar os seus centros de dados.
Os centros de dados são espaços repletos de servidores energeticamente dispendiosos. Por este motivo, e tendo em vista a eficiência dos seus negócios, é natural que as gigantes tecnológicas procurem alimentá-los com energias mais verdes, variando as suas fontes.

Uma vez que as fontes de energia solar e eólica dependem da disponibilidade de luz solar e vento, as empresas que procuram uma capacidade limpa têm considerado as tecnologias nucleares existentes ou menos utilizadas, como a geotérmica.

A geotermia, que utiliza o calor subterrâneo natural para produzir eletricidade renovável, é responsável por cerca de 10% da produção total de eletricidade no Nevada, ou seja, a maior de todos os estados dos Estados Unidos, de acordo com a Administração da Informação sobre Energia.
Assim sendo, indo além da energia solar e eólica, a Google, que pretende operar recorrendo apenas a energia totalmente limpa até 2030, celebrou um acordo com a empresa de eletricidade NV Energy, da Berkshire Hathaway. O objetivo passa por alimentar os seus centros de dados do Nevada com eletricidade geotérmica avançada.

Conforme partilhado pela empresa tecnológica, na quarta-feira, num comunicado, o acordo procura aumentar a quantidade de eletricidade geotérmica sem carbono injetada na rede elétrica local para as operações da Google de 3,5 megawatts para 115 megawatts em cerca de seis anos.

O acordo entre as duas empresas terá sido enviado aos reguladores de serviços públicos do Nevada para aprovação, segundo a Reuters.

O acordo envolveu a participação direta da Google no planeamento dos recursos de produção de energia da NV Energy e no desenvolvimento de uma estrutura de taxas, designada por Clean Transition Tariff, que a Google pretende que seja reproduzida noutros locais do país.
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