Haddad e Marina Silva destacam oportunidade em energia limpa.
Em compromissos diferentes nesta segunda-feira, 30 de janeiro, os ministros da Fazenda, Fernando Haddad, e do Meio Ambiente, Marina Silva, reforçaram a oportunidade que o Brasil terá nos próximos anos de se transformar no grande fornecedor de energia limpa para outros países do mundo. Para Haddad, este pode ser o caminho para a reindustrialização do país, enquanto Marina acredita tanto na possibilidade de exportar energia para a Europa, em função do potencial de produção de hidrogênio verde, quanto atrair investimentos de empresas europeias.
Em entrevista coletiva após reunião com a ministra alemã da Cooperação Econômica e do Desenvolvimento, Svenja Schulze, Marina Silva destacou a importância das parcerias com os europeus. No caso da Alemanha, haverá um reforço de 203 milhões de euros (R$ 1,1 bilhão) do país europeu para ações socioambientais no Brasil.
O pacote anunciado hoje pelas duas ministras para os próximos 100 dias prevê 35 milhões de euros para o Fundo Amazônia, que tem como gestor o BNDES e 31 milhões de euros para um fundo de apoio aos estados amazônicos, em projetos de proteção e uso sustentável das florestas, alinhados com o Plano de Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia. O PPCDAM será atualizado pelo governo federal, segundo o Ministério do Meio Ambiente.
Estão incluídos ainda 29,5 milhões de euros para um fundo garantidor de eficiência energética para pequenas e médias empresas, via BNDES, e 80 milhões de euros em empréstimos com juros reduzidos a agricultores, voltado para o reflorestamento, por meio do Banco do Brasil.
Outros 13,1 milhões de euros são para a recuperação de áreas degradadas, com apoio a pequenos agricultores; 9 milhões de euros vão apoiar cadeias de abastecimento sustentáveis (dois projetos da agência alemã GIZ com o Ministério da Agricultura e IFAD); 5,37 milhões de euros irão para o fomento de energias renováveis.
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