Hidrogênio, a bala de prata da transição.
Um iceberg do hidrogênio está circulando na internet. Na superfície, abundância, custo baixo, alta densidade energética e eletricidade gratuita. Sob a água, no entanto, enormes desafios relativos à sua versão produzida com baixas emissões de gás carbônico: caro para produzir, extrair, armazenar e transportar.
Com exceção da eletricidade gratuita, tudo isso é verdadeiro. Apesar da enorme importância do hidrogênio de baixas emissões para a transição energética global, sua participação vai depender das condições de cada geografia, ocupando, em muitos casos, um papel complementar, e não prioritário.
Esse deve ser o caso do Brasil, pelo menos num primeiro momento. Por aqui, o hidrogênio limpo tende a ser produzido em condições competitivas principalmente no Nordeste do país, graças ao potencial de energia solar e eólica.
Já nas regiões Sudeste e Centro-Oeste, outras rotas tecnológicas podem ser adotadas, como a produção do insumo a partir da reforma de biometano.
Evidentemente que, por se tratar de uma indústria nascente, seu custo ainda é muito superior ao da produção fóssil. A evolução da sua cadeia passa por diversas etapas que tendem a reduzir os valores finais, como a definição de marcos legais e regulatórios, desenvolvimento tecnológico, financiamento, infraestrutura etc.
lém disso, a descarbonização da nossa economia – e de muitos países do Sul Global – dispõe de alternativas considerando recursos existentes ou consolidados mais acessíveis de imediato, que podem contribuir para a manutenção da renovabilidade da nossa matriz elétrica e a ampliação das fontes limpas de energia.
A sua energia é o nosso negócio.