Com custo estimado entre US$ 1,20 e US$ 1,40 por quilo até 2030, o hidrogênio verde (H2V) produzido no Brasil pode ser mais barato que a gasolina no futuro próximo, disse nesta quarta-feira, 26, o CEO da Comerc Eficiência, Marcel Haratz, durante evento sobre frotas verdes.
O cálculo considera um veículo com tecnologia célula a combustível capaz de fazer 150 quilômetros com um quilo do hidrogênio, o que daria cerca de R$ 0,08 por quilômetro rodado.
“Se considerarmos o preço do hidrogênio verde produzido hoje em pequena escala, chegamos a R$ 0,39/km. Se esse mesmo estudo fosse feito hoje com um carro a gasolina que faz uma média de 10 km por litro, são R$ 0,55/km. Ou seja, o hidrogênio verde produzido hoje já é mais barato do que a gasolina no Brasil”, explica.
A perspectiva de redução dos custos na próxima década e a evolução tecnológica devem trazer mais competitividade para a inserção do novo combustível no Brasil.
Mesmo com a maior parte dos projetos em estudo hoje focando exportação, Haratz vê potencial para o consumo interno.
Um estudo da McKinsey indica que o Brasil pode consumir de 7 a 9 milhões de toneladas de H2V por ano até 2040. O uso seria como matéria-prima, na indústria e nos transportes.
No setor de transportes, o potencial de consumo chega a 3,6 milhões de toneladas ao ano, das quais 600 mil toneladas seriam usadas por veículos leves; já as 3 milhões de toneladas restantes devem substituir diesel no transporte de cargas em trens e caminhões, e combustível marítimo.
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