Hidrogênio verde será mais barato que o produzido com gás natural até 2030.
Produzir hidrogênio com energia renovável será mais barato do que com gás natural até 2030, mostra análise da Bloomberg New Finance (BNEF). O estudo indica que fabricar hidrogênio verde em uma nova planta terá custos 18% menores do que em uma planta já existente de hidrogênio cinza em pelo menos cinco países, incluindo o Brasil.
Embora seja um insumo essencial para descarbonizar a indústria, produzir hidrogênio exige uma grande quantidade de energia. “O problema é que o hidrogênio verde sempre foi muito mais caro que o obtido com combustíveis fósseis”, explicou o analista da BNEF, Adithya Bhashyam.
O hidrogênio só pode ser considerado verde se for produzido sem gerar nenhuma emissão de gás carbônico (CO2), utilizando energia solar ou eólica, por exemplo. “O hidrogênio cinza, que usa gás natural, custa US$ 0,98 a US$ 2,93 por quilo. O hidrogênio azul, produzido com combustível fóssil, mas sujeito a captura de carbono, custa entre US$ 1,8 e US$ 4,7 por quilo. Já o hidrogênio verde custa US$ 4,5 a US$ 12 por quilo”, detalhou o especialista.
Porém, esse cenário irá mudar até o final da década. “No Brasil, China, Índia, Espanha e Suécia, o hidrogênio verde de novas plantas começará a ser mais competitivo que o hidrogênio cinza de usinas já existentes. Isso se aplicará para projetos desenvolvidos sem subsídios”, indica Bhashyam.
Quando comparado com novas plantas de hidrogênio cinza, a perspectiva é ainda melhor. Até 2030, construir uma nova planta de hidrogênio verde será mais vantajoso em 28 países. A queda de custos será impulsionada pelo ganho de escala e políticas de incentivo. “Quanto mais eletrolisadores instalados, mais baratos eles ficam”, disse o analista.
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