Impactos das mudanças climáticas na energia solar.
Pesquisadores do Instituto do Mar (IMar) da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) apresentaram uma análise inédita sobre os impactos das mudanças climáticas na geração de energia solar no Brasil. O estudo, publicado na revista Nature Scientific Reports, projeta que, nas próximas décadas, a disponibilidade de energia solar no país deve aumentar entre 2% e 8% na maior parte do território nacional.
O estudo projeta que a incidência de energia solar crescerá cerca de 2% na maior parte do território brasileiro até o final da próxima década, em ambos os cenários analisados. No entanto, o Rio Grande do Sul deverá registrar uma redução de cerca de 3%, devido às emissões de gases de efeito estufa.
As regiões Centro-Oeste e Sudeste, com destaque para Minas Gerais, terão o maior aumento na disponibilidade de energia solar, com um crescimento de até 5% durante os meses de primavera.
A pesquisa também indicou um aumento na incidência de energia solar durante os meses mais secos. Os resultados obtidos são consistentes com estudos anteriores, que identificaram, por exemplo, um aumento da precipitação no Sul do Brasil, o que pode impactar a densidade da energia solar na região.
Segundo o professor Fernando Ramos Martins, com o aumento da disponibilidade de energia solar pode ser fundamental para a transição energética no país, ajudando a reduzir a dependência de combustíveis fósseis e aumentando a resiliência do sistema elétrico.
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