Investidores de O&G precisam considerar riscos associados à transição energética, diz Carbon Tracker.
O think tank Carbon Tracker publicou em 25/01 um relatório alertando investidores que injetam capital no setor de petróleo e gás sobre os riscos financeiros associados à transição energética e à redução da demanda por combustíveis fósseis.

Segundo o documento, a transição gera riscos para as taxas de retorno e pode afetar o fluxo de caixa dos projetos, que podem ter quedas bruscas com a redução dos preços das commodities fósseis.

Com sede em Londres, o Carbon Tracker publica uma série de análises relacionadas à transição energética e impactos das mudanças climáticas nos mercados financeiros.

É um movimento para pressionar o mercado a revisar suas estratégias de investimentos e, no fim das contas, parar de financiar combustíveis fósseis.

Na visão do think tank, os sócios de projetos fósseis precisam considerar cenários de transição mais acelerada nos cálculos de estimativas de fluxos de caixa futuros. Isso se torna ainda mais relevante no contexto de taxas de juros mais altas, que tende a ser a realidade da indústria de agora em diante, aponta.

Ao optarem por manter uma estratégia de expansão da produção, tanto investidores privados (private equity) quanto detentores de títulos públicos estariam se expondo ao risco de uma erosão nos retornos financeiros conforme a transição energética avança.
Para evitar que os riscos se tornem sistêmicos e se espalhem pelo mercado financeiro, o Carbon Tracker sugere que é importante que os reguladores passem a acompanhar de forma mais detalhada as transações para compensação de emissões e a examinar as avaliações (“valuations”) para garantir que consideram os impactos da transição energética.

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