Investimento anual em renováveis precisa mais que dobrar para limitar aquecimento a 1,5ºC, diz IEA.
As perspectivas do planeta permanecer dentro do limite de 1,5ºC no aquecimento global melhoraram devido ao crescimento “impressionante” das fontes renováveis ​​e do investimento verde nos últimos dois anos, disse Fatih Birol, diretor executivo da Agência Internacional de Energia (IEA). Entretanto, para que esse teto não seja superado, é necessário mais que duplicar os investimentos anuais em energia limpa até 2030, de US$ 1,8 trilhão previstos em 2023 para US$ 4,5 trilhões.

Essa é uma das conclusões da atualização do relatório Net Zero Roadmap, divulgada pela IEA na 3ª feira (26/9). O documento ainda indica que zerar a emissão líquida de carbono até 2050 ainda é possível, mas que isso exige triplicar a capacidade instalada de energia renovável até o final desta década.
A avaliação da agência é lançada num momento em que as emissões globais de gases de efeito de estufa atingiram um novo recorde em 2022, o uso de combustíveis fósseis aumentou e o mundo viveu os meses mais quentes já registrados. No entanto, a IEA afirma que acelerar a implantação de energias limpas ​​tornaria possível virar o jogo.

Birol quer que a COP28 chegue a um acordo sobre triplicar as energias renováveis​ e um corte de 75% no metano do setor energético até 2030. Mas o chefe da IEA para a situação geopolítica e das relações ainda geladas entre os EUA e a China, que tornam difícil tal acordo.

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