Investimento em energia limpa supera as previsões dos analistas.
As indústrias de energia solar e eólica tiveram investimentos próximos de R$ 77 bilhões em 2024, um modesto crescimento de 2,5% em relação ao ano anterior.
O saldo positivo foi puxado pela indústria solar, bastante beneficiada pelas isenções fiscais garantidas por leis federais e estaduais. Em 2024, foram instalados 14,3 GW (gigawatts) de energia solar em todo o Brasil, 1,8 GW a mais que em 2023, segundo dados divulgados nesta quinta-feira pela Abolsar (Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica).
Em comparação, a hidrelétrica de Itaipu tem capacidade de 14 GW.
Do acréscimo de 2024, 8,7 GW vieram de micro e minigeradores, a chamada geração distribuída (GD). Na adição do ano anterior, a GD foi responsável por 8,4 GW.
Produção
Nessa modalidade, as placas solares são instaladas próximas às unidades consumidoras, como em telhados. Recentemente, tem crescido também o número de empresas que instalam painéis em grandes lotes rurais e oferecem a clientes, inclusive residenciais, cotas da produção.
Esses clientes são enquadrados como usuários da GD e beneficiados pelos descontos nos encargos setoriais e nas taxas de transmissão e distribuição.
— A GD parte de decisões pulverizadas dos consumidores de instalar um sistema no telhado de casa ou numa propriedade rural, e isso independe de uma decisão do governo ou de um grande investidor. Além disso, são projetos de volume financeiro individual muito menor do que os de uma grande usina, então é normal que esse modelo avance de uma forma mais distribuída — disse Rodrigo Sauaia, presidente-executivo da Absolar.
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