Líder em investimentos renováveis, China deve quintuplicar instalações até 2050.
Relatório da consultoria DNV publicado nesta terça (23/4) aponta que a China deve quintuplicar suas instalações de energia renovável até 2050. O país asiático já lidera com folga os investimentos em tecnologias como solar, eólica e veículos elétricos, acendendo alerta nos mercados ocidentais que buscam competir com a indústria chinesa.

De acordo com a DNV, podemos esperar, nos próximos anos, uma transformação substancial na matriz energética hoje altamente dependente de combustíveis fósseis.
Respondendo por mais da metade da demanda mundial por carvão, no ano passado, a China aumentou em 220 milhões de toneladas o consumo do energético que mais emite CO2, 5% a mais em relação a 2022, contribuindo para elevar as emissões globais.

O país é responsável por 33% do CO2 lançado à atmosfera pelo setor de energia no mundo, mas esse volume está previsto para cair a 22% até 2050, uma redução de 8 GtCO2 anuais – três vezes o tamanho da descarbonização da Europa no mesmo período.

O ritmo de investimentos e instalações indica que a matriz energética deve chegar a 88% de participação renovável, ante os 30% atuais. Destaque para fonte fotovoltaica, cujo salto será de 5% hoje para 38% até 2050.

Conforme o fornecimento vai ficando mais diverso, o consumo de fósseis começa a cair. O pico de petróleo é projetado para 2027, quando então entra em queda e reduz pela metade até 2050. Já o consumo de gás natural deve atingir o pico na década de 2030 antes de retornar aos níveis de hoje até meados do século.

Para os analistas da DNV, a China ampliará ainda mais sua posição como líder mundial na corrida verde com a implantação e exportação “sem rival” de tecnologia de energia renovável.

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