Lula fala em cobrar crédito de carbono de países ricos; Brasil tem mercado e acordo com Japão.
País teria o potencial de gerar receitas líquidas de US$ 16 bilhões a US$ 72 bilhões até 2030 com esse tipo de comércio.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou, nesta terça-feira (31), que tem que cobrar dos países ricos “o tal do crédito de carbono”. O Brasil, porém, já regulou esse mercado por meio de um decreto editado no ano passado e conta, também, com um acordo feito com o Japão, cuja economia é uma das maiores do mundo.

Durante cerimônia realizada no Palácio do Planalto, Lula comentou a reunião que teve na última segunda-feira (30) com o chanceler da Alemanha, Olaf Scholz. “Eu disse textualmente para eles compreenderem que nós não queremos transformar a Amazônia no santuário da humanidade. Ali moram mais de 25 milhões de pessoas”, disse o presidente.
mercado de carbono, assim como qualquer bem material, precisa de uma parte interessada em disponibilizar o produto a um cliente. O objeto em venda, entretanto, é pouco usual: créditos de emissão de gases de efeito estufa ou até mesmo a remoção de carbono da atmosfera.
Essas cotas são estipuladas justamente em tratados ambientais, como o Acordo de Paris ou o Protocolo de Quioto. Basicamente, cada país determina um número-limite de emissão de gases de efeito estufa em um espaço de tempo e, caso ultrapasse o valor acordado, compra cotas restantes de nações que têm crédito.

O governo federal editou, em dezembro de 2022, o decreto que trata da gestão de florestas públicas para a produção sustentável, com o objetivo de cumprir o compromisso de reduzir em 50% as emissões de carbono até 2030.

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