MME prepara plano trienal para desenvolvimento do hidrogênio combustível no Brasil.
Depois de consulta pública, que se encerrou no final de fevereiro deste ano e que recebeu a contribuição de agentes do setor de energia, centros de pesquisa e demais players do mercado, o Ministério de Minas e Energia aprimorou o Plano de Trabalho do Programa Nacional do Hidrogênio (PNH2), que traz diretrizes para os próximos três anos. Criado pelo MME, em junho de 2022, o PNH2 tem como objetivo fortalecer o segmento no país.

De acordo com um estudo que embasou as diretrizes do programa, o mercado de hidrogênio já movimenta mais de US$ 100 bilhões por ano no mundo. O mesmo documento indica que, no Brasil, o uso do H2 obtido com fontes fósseis já está relativamente consolidado na indústria. Mas, a cadeia de valor da versão não poluente, seja para descarbonização da indústria local ou para exportação, ainda está em desenvolvimento e demanda, por exemplo, robustos investimentos em infraestrutura e desenvolvimento tecnológico.
Os primeiros passos da estratégia brasileira para o desenvolvimento do mercado de hidrogênio começaram em meados da década de 90, com destaque para a criação do Centro Nacional de Referência em Energia do Hidrogênio (CENEH), em 1998. Mas, segundo o mesmo estudo, que fundamentou as diretrizes do PNH2, a “euforia” dos primeiros anos logo foi suplantada pela prioridade dada ao pré-sal na agenda energética nacional, no fim da década seguinte.

O Acordo de Paris e as ousadas metas de descarbonização das economias, no entanto, reposicionaram o hidrogênio no centro das estratégias globais da transição energética. Isto porque, além de ter aplicações diversas para a descarbonização da matriz energética e da indústria e existir em abundância na natureza, tanto nos hidrocarbonetos ou na molécula de água, existem rotas que conseguem produzir o hidrogênio com zero emissão de carbono na atmosfera.

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