Mundo enfrenta “equilíbrio delicado” na busca de minerais de transição energética.
Na medida em que o mundo se afasta de fontes poluentes de energia como o carvão, um novo conjunto de minerais ganha destaque, em especial lítio, níquel e cobalto, mas sua exploração gera dilemas ambientais e políticos.
Este será um dos temas de destaque da sexta sessão da Assembleia das Nações Unidas para o Meio Ambiente, Unea-6, que começa dia 26 de fevereiro em Nairobi, no Quênia. Ao negociar resoluções e declarações, os governos terão a chance de definir soluções para assegurar a mineração responsável.
Impactos ambientais e tensões geopolíticas
Os chamados “minerais de transição energética” são componentes essenciais em muitas tecnologias de energia limpa, desde turbinas eólicas até veículos elétricos.
No entanto, a extração e o processamento desses elementos naturais podem devastar paisagens, dizimar a biodiversidade, produzir gases do efeito estufa e causar violações dos direitos humanos.
O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, Pnuma, também destaca a preocupação de que a concorrência por estes recursos possa agravar as tensões geopolíticas.
A chefe do escritório do Pnuma em Nova Iorque, Ligia Noronha, disse que “o mundo enfrenta um equilíbrio delicado” em relação ao tema, destacando que esses minerais podem ajudar a “inaugurar a era da energia limpa”. No entanto, ela afirma que a urgência e a escala da procura também podem levar à exploração, às violações dos direitos humanos e à destruição ambiental.”
Lítio, níquel e cobalto são componentes essenciais das baterias, como aquelas que alimentam veículos elétricos. Os elementos de terras raras fazem parte dos ímãs que giram turbinas eólicas e motores elétricos. Já o cobre e o alumínio são usados em grandes quantidades em linhas de transmissão de energia.
Esses minerais podem ser encontrados no mundo todo, porém alguns países e empresas controlam a sua extração.
A sua energia é o nosso negócio.